XXXII DOMINGO TEMPO COMUM – ANO B
11 de Novembro de 2018
AS LEITURAS DO DIA
1Reis 17, 10-16: Escuta Israel: A viúva fez um pãozinho e trouxe-o a Elias.
Salmo 145: Ó minha alma, louva o Senhor.
Heb 9, 24-28: Cristo ofereceu-se uma só vez, para tomar sobre si os nossos pecados.
Evangelho Mc 12, 38-44: Esta pobre viúva deu mais do que todos os outros.
A PALAVRA É MEDITADA
O ensinamento de Jesus permite propor um confronto entre a atitude de obstinação e de ambição dos escribas e a generosidade secrecta da viúva que é “notada” só por Jesus.
Escribas e fariseus eram as epssoas mais respeitáveis do mundo hebraico. Estes sentiam-se grandes, poderosos. Aqui Jesus mete-os em discussão, acusa-os de vaidade por causa das longas vestes, das saudações solicitadas, dos primeiros lugares nas sinagogas e nos banquetes. Mas há ainda coisas mais graves: escribas e fariseus devoram as casas das viúvas. Por fim Jesus reprova a obstinação da sua oração, especulação dos agrado, aproveitando da boa fé do povo: "Esses receberão uma condenação mais grave".
O mundo está cheio de desigualdades. Mas a desigualdade – eis o problema – toca niveis inaceitáveis. A disparidade torna-se injustiça social quando a retribuição pára no trabalhador no ordenado mínimo, e sobe no homem politico para alguns milhares de euros.
Mas a liturgia da palavra de hoje pára não tanto sobe a avaliação de ordem material quanto sobre a das pessoas: a diferença entre rios e pobres incide sobre o plano das avaliações morais. Mais frequentmeente de quanto de pensa, os homens são avaliados com bas eno dinheiro.
O Senhor hoje quer ensinar-nos a olhar a olhor nu, enquanto os outros querem meter-nos no nariz óculos vermelhos ou verdes ou nublados.
Hoje diante desta macroscópica situação de lacuna económica mundial, sente-se a neessidade de adoptar a óptica divina, julgar o mundo e os homens através dos olhos de Deus. E assim veremos o mundo não precisamente ao contrário ams quase.
Avaliar os homens por aquilo que são moralmente. O sucesso pode contar se é fruto de inteligência e de trabalho, se conseguido com toda a limpeza. As capacidades humanas devem ser postas no balanço activo de uma pessoa. Eis então o ponto: não devemos ceder à tentação da eficiência, avaliar em termos de rendimento, de sucesso...
O Evangelho é para o bem total do homem: a evangelização resolve-se em promoção humana. Entendendo por promoção humana não apenas mais escolas, mais casas, mas estradas, mais carros, mas a tomada de consciência do próprio ser, dos reais valores humanos, das responsabildiades e corresponsabildiades, dos prórpios limites, das virtudes que dão pouco nas vistas, como a modéstia e a pobreza de espirito: "Felizes os pobres em espirito...".
Segundo o juizo de Jesus quem deu mais, deu menos: a viúva que deu menos de todos, deu mais que todos. Mas não pode bastar que Deus veja e avalie como Jesus indicou; devemos aprender a avaliar à maneira de Cristo. Esta é a estrada do Evangelho, a mentalidade de Cristo.
A PALAVRA É REZADA
Jesus, tu ensinas-nos a distinguir
entre a aparência e a realidade
e assim, inevitavelmente, desmascaras
toda a forma de exibicionismo e de hipocrisia.
Tu não te deixas enganar pelo barulho
que provocam as muitas moedas lançadas no tesouro do Templo.
Atraem a atenção dos presentes,
mas não constituem um grande sacrifício
para eles que têm em abundância.
Dão muito – é verdade -
mas ainda lhes resta com que viver com prosperidade.
Ao contrário, a oferta da viúva é modesta, quase irrisória,
mas tem um valor sem medida: é tudo que tinha para viver.
Eis porque é que tu ficas admirado
e assinalas a generosidade daquela pobre mulher
infinitamente superior à de tantos ricos.
Jesus, tu não te deixas impressionar pelas declarações ruidosas,
do brilho das medalhas, dos méritos apregoados.
Tu sabes reconhecer o heroísmo escondido nas rugas
de uma vida pobre e simples
e admiras-te sempre diante das decisões
que exprimem um amor sem medida,
uma oferta incondicionada, uma generosidade sem limites.
Ámen.
(In Qumran, e La Chiesa: tradução livre de fr. José Augusto)