Encontro com a Palavra de Deus – XXXIV DOMINGO TEMPO COMUM – ANO A

XXXIV DOMINGO TEMPO COMUM – ANO A

Solenidade de Cristo Rei

    

26 de Novembro de 2017

 ANO A

 

AS LEITURAS DO DIA 

Ez 34, 11-12.15-17: Eu próprio irei em busca das minhas ovelhas.

Salmo 22: O Senhor é meu pastor, nada me faltará.

1Cor 15, 20-26.28: Entregará o reino a Deus, para que seja tudo em todos.

Evangelho: Mt 25, 31-46: Sentar-se-á no seu trono glorioso e separará uns dos outros.

 

A PALAVRA É MEDITADA

As leituras da Missa de Cristo Rei, têm uma finalidade não tanto de nos dizer que Jesus é Rei, mas de nos fazer compreender a natureza inesperada da sua realeza. Jesus é Rei, mas a sua realeza é diversa da do mundo. Na primeira leitura, Ezequiel, desiludido com os pastores de Israel (reis, sacerdotes e mestres) que pensavam em si mesmos em vez do rebanho, sonha com um pastor diferente: um pastor que não «dispersa», mas «reúne»; conduz às pastagens as suas ovelhas e as faz repousar; vai à procura da que anda perdida e liga a ferida. São todos traços que encontramos nos Evangelhos, aplicados a Jesus. O rei Messias é um rei para os outros: a sua realeza é dom de si e serviço, não domínio. Privilegia os fracos, não os fortes.

Mas é a passagem evangélica que melhor nos revela o lado mais surpreendente da realeza de Jesus. A parábola do juízo final é uma página que se impõe à atenção, não só pela força da sua mensagem, mas também pela sugestão do seu cenário. São três as suas partes: a introdução cénica que apresenta a vinda gloriosa do Filho do homem, a convocação dos povos e a sua separação; o diálogo do rei distribuído em dois dípticos, primeiro com os da direita e depois com os da esquerda; por fim, a conclusão, que descreve a execução das sentenças.

A parte mais ampla é reservada ao duplo diálogo, e a insistência cai sobre as obras de misericórdia (o acolhimento ou a recusa dos necessitados), que são enumeradas quatro vezes.  

O juiz é chamado «Filho do homem» e «rei» e os interlocutores reconhecem-no como «Senhor». A apresentação é, portanto, solene e gloriosa, mas a ninguém pode escapar que este rei é Jesus de Nazaré, aquele que foi perseguido e crucificado, rejeitado, e que na sua vida partilhou em tudo a fraqueza da condição humana: a fome, a nudez, a solidão. E é um rei que se identifica com os mais últimos, os mais pequenos: também na sua função de juiz universal, Jesus permanece fiel àquela lógica de solidariedade que o guiou em toda a sua existência terrena. E é um rei que vive sob vestes desconhecidas: sob as vestes dos seus «pequenos irmãos». Jesus é um rei «glorioso», mas a sua glória é o triunfo o amor que se manifestou na cruz. Às vezes pensa-se que Jesus se tenha conquistado a realeza com a cruz, mas uma vez conquistada a sua realeza é como a de todos, feita de glória, poder e domínio. Afinal não: a cruz manifestou a natureza da realeza de Jesus, feita de amor e dom de si.

 

A PALAVRA É REZADA

O evangelho de hoje desconcerta-me,  

mete-me em agitação, obriga-me a ajustar  aminha vida,  

de maneira radicalmente diversa.

Sempre pensei que aquilo que é meu é meu,

que aquilo que tenho, devo fazê-lo crescer.

Tu, Senhor, afinal dizes-me que aquilo que está nas minhas mãos,  

Para além de meu, devo usá-lo para ajudar os outros.

Ontem li no jornal que um homem rico  

deixou todos os seus bens não aos filhos,

aos quais, aliás, não falta nada, mas aos pobres da cidade.

À luz da tua palavra de hoje, Senhor,  

Isto faz-me pensar que a lei do sangue está ultrapassada

pela lei do amor ao pobre.

Sinto que ainda estou longe desta capacidade de amor

e queria muito poder chegar lá, porque aquilo que se dá ao pobre

se torna moeda preciosa para o Reino dos céus.

Ámen.

 

 (In Qumran, e La Chiesa: tradução livre de fr. José Augusto)

 


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