Dois a dois

Do Evangelho de Lucas 10,1-9

Depois disto, o Senhor designou outros setenta e dois discípulos e enviou-os dois a dois, à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir. Disse-lhes:

«A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe.

Ide! Envio-vos como cordeiros para o meio de lobos.

Não leveis bolsa, nem alforge, nem sandálias; e não vos detenhais a saudar ninguém pelo caminho.

Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: ‘A paz esteja nesta casa!’

E, se lá houver um homem de paz, sobre ele repousará a vossa paz; se não, voltará para vós. Ficai nessa casa, comendo e bebendo do que lá houver, pois o trabalhador merece o seu salário.

Não andeis de casa em casa.

Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei do que vos for servido, curai os doentes que nela houver e dizei-lhes: ‘O Reino de Deus já está próximo de vós.’

 

 

Caros amigos, o Senhor vos dê a paz. A passagem do evangelho proposta narra o chamamento dos primeiros discípulos e do seu envio em missão. Trata-se de um texto que inspirará fortemente a experiência de S. Francisco e que marcará para sempre a Ordem franciscana e os frades, também na maneira de se colocar, de vestir e de ir e estar no mundo no meio das pessoas, anunciando o Evangelho.

Agrada-me recordar brevemente o que aconteceu a s. Francisco depois de ter ouvido esta Palavra. Que ela possa ainda provocar e inspirar também cada um de vós, em seguir com alegria o Senhor Jesus pelas estradas do mundo.

 

 

A experiência de São Francisco

 

Era o ano de 1208. Desde o dia em que Francisco tinha começado a seguir a ordem que lhe fora dada pelo crucifixo de S. Damião, ("Francisco, vai e repara a minha casa") tinham passado cerca de três anos.

Durante todo este tempo, além de restaurar igrejas e servir os leprosos, tinha rezado muito, meditado muito o Evangelho. Ao coração grande daquele homem não bastava porém, aquilo que estava a fazer e perguntava-se continuamente qual fosse a sua estrada. Um dia, na igreja da Porciúncula, durante a missa ouviu ler o texto relativo à missão de pregar confiada por Cristo aos apóstolos.

 

O texto evangélico era o de Lc 10,1-9: Jesus manda dois a dois os discípulos a anunciar o Reino, com a mansidão dos cordeiros, sem provisões para a viagem, sem bolsa, levando a saudação de paz, comendo aquilo que lhes for posto na frente, curando os doentes...

Terminada a Missa Francisco, pediu ao sacerdote que lhe explicasse aquele Evangelho. Foi como o despontar de um dia radioso depois de uma longa noite: «De repente, exultante de divino fervor, disse – «Isto é o que quero, isto é o que peço, isto desejo fazer com todo o coração!» (cf. Fontes Franciscanas 354-358; 261-274).

A toda a pressa abandonou o seu traje de eremita, que até àquele momento tinha sido o sinal público da sua «vida de penitência», vestiu uma túnica simples, por ele idealizada, ligada à cintura com uma corda, e descalço, começou a pregar anunciando o reino de Deus e convidando à conversão. Isto acontecia «no terceiro ano da sua conversão».

Eis o primeiro efeito da descoberta da sua vocação evangélica: Francisco sente como uma necessidade vital levar aos homens tudo aquilo que o Senhor lhe vem comunicando no segredo da contemplação; é uma mensagem que ele anuncia «com grande fervor e exultação», como quem tem uma «boa nova» que interessa a todos, um "tesouro" a comunicar a todo o custo.

Agora, além disso, tem finalmente também uma vida a viver e a partilhar com outros. De facto, poucos dias depois começaram a reunir-se à volta dele os primeiros discípulos, adotando o mesmo modo «de vestir e de viver». E encontrou-se como fundador sem o ter previsto. Não se retraiu diante deste novo sinal da Vontade divina. Acolheu, o primeiro que chegou, o amigo Bernardo de Quintavalle, com um abraço: será o primeiro de uma multidão inumerável de irmãos que se unirão a ele.

Tomás de Celano, seu primeiro cronista, assim escreve a este propósito: «A vinda e a conversão de um tal homem, encheram Francisco de uma alegria extraordinária: pareceu-lhe que o Senhor tivesse cuidado com ele, dando-lhe o companheiro de que cada um precisa e um amigo fiel» (FF 361).

Francisco, teve que aceitar até então uma longa solidão, ele tão levado por natureza à amizade, tão sociável! Agora o Senhor dava-lhe irmãos com quem partilhar o ideal evangélico. Ainda ditando o Testamento no final d avida, recordará o dom grande da fraternidade: «O Senhor me deu irmãos».

 

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